Conselho do Criciúma notifica rombo milionário nos cofres do Tigre

O conselho fiscal do Criciúma analisou os números do primeiro trimestre e percebeu um gasto excessivo no orçamento para a temporada de 2025. Para debater o tema, uma reunião foi realizada na noite desta quarta-feira (28), na Associação Empresarial de Criciúma (ACIC).

Por cerca de duas horas, os conselheiros pediram explicações ao presidente Valter Minotto para justificar os gastos do primeiro trimestre. Além disso, foi exigida uma projeção de custo de abril até dezembro. O orçamento previsto inicialmente era de R$ 38 milhões.

Entre janeiro e março, o Tigre gastou R$ 17,2 milhões e obteve uma arrecadação de R$ 16,9 milhões. A previsão de receita para os nove meses seguintes é de R$ 41 milhões. A despesa, neste meio tempo, é de R$ 54 milhões. O déficit ficaria em R$ 13 milhões.

O Criciúma traça alguns caminhos para que possa cobrir o rombo milionário. O Tigre afirma que pode diminuir a folha salarial, que gira em torno de R$ 3,1 milhões; vender jogadores da base; cortar os custos do clube; ou usar o dinheiro em caixa (R$ 20 milhões).

Criciúma alerta sobre os valores de negociações

Entre os gastos do Criciúma, o que mais chamou a atenção da torcida foram os valores de comissões e luvas para empresários, de janeiro a março. O Tigre gastou algo em torno de R$ 5,6 milhões, sendo que a maior quantia foi destinada para a contratação do meia Juninho.

Confira os valores de comissão e luvas:

  • Juninho: R$ 1 milhão em luvas, sendo 24 vezes de R$ 50 mil; em comissão, R$ 168 mil, pagos em 8 vezes de R$ 21mil;
  • Morelli: R$ 440 mil por empréstimo, pagos 11 vezes de R$ 40 mil; em comissão, R$ 110 mil em comissão, dividido em 6 vezes de R$ 18.333,33
  • Castan: R$ 282 mil em comissão, parcelado em 12 vezes de R$ 23,5 mil
  • Neto Pessoa: R$ 260 mil em luvas, sendo 1 vez de R$ 100 mil e mais 4 vezes de R$ 40 mil; em comissão, R$ 120 mil, pagos em 6 vezes de R$ 20 mil;
  • Caique: R$ 250 mil para o empréstimo até o final de 2026, sendo pago 1 vez de R$ 100 mil, mais 4 vezes de R$ 40 mil; em comissão, R$ 168 mil, dividido 8 vezes de R$ 21 mil.
  • Gabriel Barros: R$ 240 mil pelo empréstimo internacional, mais 10 vezes de R$ 12 mil por intermediação
  • Felipe Mateus: R$ 200 mil em comissão, em 20 vezes de R$ 10 mil; em luvas, R$ 120 mil, dividido em 24 vezes de R$ 5 mil.
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