Ex-Criciúma sofre racismo em partida de futebol e age para prender o acusado

O atacante Allano, ex-jogador do Criciúma que atualmente defende o Operário-PR, foi alvo de racismo no último domingo (4), em partida diante do América-MG, pela Série B. O atleta agiu para prender o acusado e se pronunciou sobre o assunto nas redes sociais.

O ex-atacante do Criciúma afirma que, aos 30 minutos do primeiro tempo, foi chamado de “preto” por Miguelito, da equipe mineira. Em sua conta oficial no Instagram, Allano publicou uma nota para relatar a dor e a revolta pelo crime sofrido dentro de campo.

A Polícia Civil do Paraná aceitou a denúncia feita pelo atacante Allano, que ouviu Miguelito proferir a expressão racista. O atleta do América chegou a ser preso em flagrante por prática de crime de injúria racial, mas acabou sendo solto posteriormente.

O ponta defendeu as cores do Tigre durante a temporada passada, quando foi uma das principais peças do time que brigou contra o rebaixamento na Série A. Allano, contudo, acabou sendo afastado do elenco na reta final da competição – em razão de problemas de comportamento.

Ex-Criciúma, Allano protesta contra o racismo

Confira a nota oficial publicada por Allano:

“Venho, por meio desta nota, me manifestar sobre o episódio lamentável de injúria racial que sofri durante a partida entre Operário e América Mineiro, pelo Campeonato Brasileiro da Série B.

Infelizmente, mais uma vez, o racismo mostrou sua face cruel dentro de um espaço que deveria ser de celebração, respeito e igualdade. Ser ofendido pela cor da minha pele é algo doloroso, revoltante e, acima de tudo, inaceitável.

Não vou me calar. Não por mim apenas, mas por todos os que já passaram por isso e por aqueles que ainda lutam para que esse tipo de violência acabe de vez. O futebol, como a sociedade, precisa dizer basta ao racismo. Precisamos de justiça, responsabilidade e, sobretudo, empatia.

Agradeço ao Operário pelo apoio, aos meus companheiros de equipe, à minha família e a todos que têm se solidarizado comigo neste momento. A luta contra o racismo é de todos nós, e ela não vai parar enquanto houver injustiça”, disse Allano.

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