Polícia bate o martelo sobre caso de racismo envolvendo o goleiro Caíque, do Criciúma

A Polícia Civil de Santa Catarina finalmente bateu o martelo sobre o inquérito em torno da denúncia de injúria racial que partiu do goleiro Caíque, do Criciúma, contra um torcedor do Brusque. O caso se desencadeou em 8 de fevereiro, no Estádio Augusto Bauer, após partida do Campeonato Catarinense. Na ocasião, o arqueiro afirma ter sido chamado de “macaco”.

Após três meses de investigação, o inquérito foi encerrado sem indiciamento. A polícia afirma que não existem indícios suficientes contra o acusado. No dia do acontecimento, ambos foram levados à delegacia e apresentaram depoimentos diferentes.

Alguns vídeos do momento da acusação foram periciados, mas não revelaram termos racistas. As testemunhas, incluindo um segurança, relataram apenas xingamentos genéricos. O torcedor admitiu que fez ofensas, mas nega conotação racial.

O laudo técnico não identificou as falas denunciadas por Caíque. Desta forma, o delegado Odair Rogério Sobreira Xavier afirma não haver provas suficientes para sustentar a denúncia.

Polícia divulga nota sobre caso de Caíque, do Criciúma

O caso foi encaminhado ao Ministério Público, que decidirá sobre o arquivamento ou a continuidade das investigações. A tendência é de que o caso seja arquivado, já que a Polícia Civil avaliou todas as medidas possíveis e entende que não é possível cravar a acusação.

Em nota oficial, a Polícia Civil ressalta “seu compromisso incondicional no combate a toda forma de racismo, discriminação e preconceito”, destacando que todas as suas investigações são pautadas “pela legalidade, imparcialidade e rigor técnico”.

O Criciúma Esporte Clube e o goleiro Caíque não divulgaram qualquer tipo de posicionamento após a decisão da Polícia Civil.

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