Criciúma promove ação contra o racismo em partida diante do Caravaggio
O Criciúma segue se posicionando após o caso de racismo envolvendo o goleiro Caíque. Na ocasião, o arqueiro foi chamado de ‘macaco’ por um torcedor do Brusque e teve que agir para identificar o suposto responsável pelo ato. A situação foi registrada na súmula do jogo e resultou em confusão no gramado do Augusto Bauer.
Nesta quarta-feira (12), o Criciúma está preparando uma série de ações contra o racismo na partida diante do Caravaggio. O duelo acontece às 20h30, no Heriberto Hülse, pelo Campeonato Catarinense. Veja detalhes sobre a ação em nota divulgada pelo Tigre:
Criciúma reforça luta contra o racismo
Após o lamentável episódio de discriminação sofrido pelo goleiro Caique no jogo contra o Brusque (08/02), no estádio Augusto Bauer, o clube se mobilizou para promover uma série de ações que visam promover a inclusão e a igualdade racial.
A primeira etapa dessa iniciativa já foi ao ar em nossas redes sociais, por meio de uma collab com o Caravaggio Futebol Clube. No vídeo, um atleta de cada equipe declarou uma mensagem contra o racismo, enfatizando que no futebol – e na sociedade – não há espaço para discriminação.
O Criciúma também prepara uma nova ação especial para o jogo desta quarta-feira (12/02) contra o Caravaggio. O objetivo é ampliar a conscientização e incentivar a denúncia de qualquer ato discriminatório.
“O caso de Caique mostra que, infelizmente, isso não é um episódio isolado. Jogadores de grandes nomes, como Vinicius Junior, do Real Madrid, enfrentam esse problema constantemente.” relembrou o presidente do clube, Valter Minotto.
A Confederação Brasileira de Futebol (CBF) e o Observatório da Discriminação Racial no Futebol divulgaram, em setembro de 2024, o relatório anual sobre o tema referente ao ano de 2023. O levantamento aponta que o número de incidentes racistas no futebol brasileiro subiu 38,77% em relação ao ano anterior, evidenciando a necessidade de ações concretas e efetivas para combater esse problema.
“É lamentável, em 2025, ainda ter que viver com isso. A provocação no futebol existe, sim. No entanto, quando entra no ato de racismo ou qualquer tipo de preconceito, isso se torna algo muito complicado. Temos que nos unir para tentar acabar com isso.” Relatou o goleiro Caique Santos.
O Criciúma Esporte Clube reafirma que seguirá utilizando sua voz e sua visibilidade para combater o racismo e promover um ambiente de respeito e igualdade. O futebol é paixão, união e inclusão – e essa luta é de todos nós.