Goleiro Caíque, do Criciúma, abre o jogo após sofrer racismo mais uma vez
O goleiro Caíque, do Criciúma, voltou a se manifestar sobre o episódio de racismo ocorrido na partida contra o Brusque. O jogador relatou ao árbitro que foi chamado de macaco por um torcedor da equipe adversária, identificando ele e contribuindo para a detenção. O atleta se pronunciou no início da semana, em entrevista no CT Antenor Angeloni.
O arqueiro afirma que a provocação é algo comum no futebol, porém destaca que atos racistas não podem ser tolerados. Desta forma, Caíque optou por se posicionar de forma pública e se colocou à frente na luta contra o racismo no cenário nacional.
“É lamentável em 2025 ter que viver com isso. Eu acho que a provocação no futebol existe sim, mas com respeito, como eu falei depois do jogo. A provocação é válida, porque infelizmente faz parte, mas quando entra no ato do racismo, ou da homofobia no estádio, isso é muito complicado”, disse Caíque.
O arqueiro afirma que não foi a primeira vez que já sofreu preconceito no futebol. Ele pede punição adequada a todos que cometerem tais crimes. No ocorrido em Brusque, o atleta informou ao árbitro Gustavo Ervino Bauermann, que relatou em súmula. O goleiro também prestou depoimento na Delegacia de Polícia Civil e registrou boletim de ocorrência.
“Foi um fato que ocorreu no final daquele jogo, eu identifiquei já o rapaz que fez isso e chamei o árbitro, porque é a única coisa que eu posso fazer. Fiquei muito triste, muito chateado e espero que possa ter essa punição. Tem que dar um basta para isso, porque está muito complicado. Todo jogo acontece um ato racista”, afirma Caíque.
Criciúma prepara ação após racismo sobre Caíque
O Criciúma e o Brusque se manifestaram com notas oficiais para comentar o ocorrido. O Tigre, inclusive, preparou diversas ações para a partida diante do Caravaggio, disputada no Heriberto Hülse, na quarta-feira (12). O clube trouxe mensagens para conscientizar sobre o racismo.